Maputo, a bela capital moçambicana, é, entre todas as cidades de Moçambique, uma das de formação mais recente. Está localizada ao longo do estuário onde desaguam os rios Matola, Umbeluzi e Maputo, formando a baía de Maputo que já esta circunstancia da natureza que permitiu que aqui se construísse um dos melhores portos naturais de toda a costa sul e oriental de África.
É uma cidade singular a vários títulos, cuja paisagem colorida e beleza natural deixam deslumbrados todos os que a ela chegam, e que merece uma vista pausada para melhor apreciação da paisagem urbana, atentando-se à beleza dos seus edifícios e monumentos, que se impõem pela sua grandeza e pela graciosidade dos seus detalhes arquitectónicos, à agitação da vida local, à oferta gastronómica e à afabilidade dos habitantes de Maputo.
Todos estes factos convidam o visitante a ficar, ou, pelo menos, a voltar.
A teia infinita de pontos luminosos que povoam o firmamento, tanto quanto o imaginário e as mitologias de todas as civilizações que na Terra já medraram, é feita de torrentes de luz que foi irradiada por estrelas longínquas há milhares e milhões de anos e que, uma vez liberta das amarras que a prendiam aos corpos celestes que a geraram, viajou ao longo de distâncias abismais durante todo esse tempo até vir atear o fogo da curiosidade nos nossos olhos e incendiar-nos o pensamento com interrogações. E, depois, sem paragens, prossegue o seu caminho para além de nós, pela eternidade adentro. Porém, muitas dessas fogueiras siderais que vemos refulgirem esplendorosas no céu nocturno que se espraia sobre as nossas cabeças já não emitem luz. Há muito que explodiram e se apagaram. Mas, nós continuamos a vê-las flamejar tal como elas eram nesse tempo distante em que ainda crepitavam. Para todos os efeitos, essas estrelas que já morreram, continuam a iluminar o Universo.
E ao pensamento, essa outra torrente brilhante, tão intangível quanto a luz mas que, tal como ela, alumia as entranhas mais ocultas do Universo, o que é que lhe acontece quando a fonte que o emana implode e a corrente se quebra? Dissipa-se num piscar de olhos, nesse momento fatídico, como se nunca tivesse existido, ou, à imagem e semelhança da luz das estrelas, perdura por toda a eternidade, continuando a pensar o Universo?
Ser magistrado é muito mais que uma opção de vida. É uma verdadeira missão que deve ser vivida com total entrega e devoção. Não se pode ser magistrado apenas no período normal de expediente! O magistrado é-o até nos seus momentos de lazer, nas suas férias.
A criminalidade é um factor desestabilizador de qualquer país. Ninguém pode viver tranquilo se a criminalidade ganhar espaço. Tempos houve em que as fronteiras estatais, de alguma forma, delimitavam os fenómenos criminais. Hoje, com a globalização, as fronteiras são um obstáculo de menor importância. Os crimes cibernéticos e a generosidade dos crimes transnacionais não temem as fronteiras e calcorreiam o mundo com uma rapidez impressionante. Ao trazer à sua obra o combate ao crime, quis o Juiz Paulino não apenas partilhar as suas inquietações, como também chamar a atenção aos actores relevantes para a necessidade de um trabalho coordenado e solidário com vista ao combate a esta realidade.
A dignidade da pessoa humana abrange uma diversidade de valores, únicos e distintos, que o tornam merecedor de respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, e implicam, por conseguinte, um complexo de direitos e deveres.
Daqui decorre que o Homem digno é aquele que tem uma conduta que granjeia respeito e consideração dos demais. É uma pessoa que assume as suas responsabilidades individuais e colectivas, que vela pelo bem próprio enquanto parte do bem comum. Uma pessoa digna é aquela que molda o seu comportamento ciente de que é parte duma comunidade, e que qualquer passo que der terá uma influência positiva ou negativa no conjunto do qual é parte”.
A teia infinita de pontos luminosos que povoam o firmamento, tanto quanto o imaginário e as mitologias de todas as civilizações que na Terra já medraram, é feita de torrentes de luz que foi irradiada por estrelas longínquas há milhares e milhões de anos e que, uma vez liberta das amarras que a prendiam aos corpos celestes que a geraram, viajou ao longo de distâncias abismais durante todo esse tempo até vir atear o fogo da curiosidade nos nossos olhos e incendiar-nos o pensamento com interrogações. E, depois, sem paragens, prossegue o seu caminho para além de nós, pela eternidade adentro. Porém, muitas dessas fogueiras siderais que vemos refulgirem esplendorosas no céu nocturno que se espraia sobre as nossas cabeças já não emitem luz. Há muito que explodiram e se apagaram. Mas, nós continuamos a vê-las flamejar tal como elas eram nesse tempo distante em que ainda crepitavam. Para todos os efeitos, essas estrelas que já morreram, continuam a iluminar o Universo.
E ao pensamento, essa outra torrente brilhante, tão intangível quanto a luz mas que, tal como ela, alumia as entranhas mais ocultas do Universo, o que é que lhe acontece quando a fonte que o emana implode e a corrente se quebra? Dissipa-se num piscar de olhos, nesse momento fatídico, como se nunca tivesse existido, ou, à imagem e semelhança da luz das estrelas, perdura por toda a eternidade, continuando a pensar o Universo?
ESTÓRIAS À VOLTA DA FOGUEIRA
Longe se foi o tempo em que, na companhia de outras crianças, nos acotovelávamos para ouvir lindas estórias que os “mais velhos” nos contavam, sob a “sinfonia” do cri-cri do grilo, no silêncio da noite e tendo por vezes a lua como a única testemunha.
Certamente que o leitor já teve oportunidade de ouvir inúmeras estórias contadas em circunstâncias várias.
Neste livro, com estas duas estórias, desejo apenas ser mais um “contador de estórias”. O autor, por alguns instantes, sentiu-se forçado a “viajar” pelo mundo das crianças e ao terminar a leitura deste livro, é seu desejo, que o pequeno leitor tire as suas ilações.
Em “As travessuras de Salaviza”, podemos testemunhar, inicialmente, uma criança egoísta, traquinas e irreverente, e que recebeu uma verdadeira lição de vida, tendo mudado radicalmente a sua forma de conviver com todos aqueles que a rodeavam.
Quanto ao “Tiago – O Bom samaritano”, o seu personagem principal, Tiago, desde o primeiro momento, não obstante as vicissitudes pelas quais passou, conseguiu transpor todos os obstáculos com que se deparou. Uma criança, com um coração tão bondoso, não se lhe podia reservar outro destino.
Desde já uma boa leitura.
Ser magistrado é muito mais que uma opção de vida. É uma verdadeira missão que deve ser vivida com total entrega e devoção. Não se pode ser magistrado apenas no período normal de expediente! O magistrado é-o até nos seus momentos de lazer, nas suas férias.
A criminalidade é um factor desestabilizador de qualquer país. Ninguém pode viver tranquilo se a criminalidade ganhar espaço. Tempos houve em que as fronteiras estatais, de alguma forma, delimitavam os fenómenos criminais. Hoje, com a globalização, as fronteiras são um obstáculo de menor importância. Os crimes cibernéticos e a generosidade dos crimes transnacionais não temem as fronteiras e calcorreiam o mundo com uma rapidez impressionante. Ao trazer à sua obra o combate ao crime, quis o Juiz Paulino não apenas partilhar as suas inquietações, como também chamar a atenção aos actores relevantes para a necessidade de um trabalho coordenado e solidário com vista ao combate a esta realidade.
A dignidade da pessoa humana abrange uma diversidade de valores, únicos e distintos, que o tornam merecedor de respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, e implicam, por conseguinte, um complexo de direitos e deveres.
Daqui decorre que o Homem digno é aquele que tem uma conduta que granjeia respeito e consideração dos demais. É uma pessoa que assume as suas responsabilidades individuais e colectivas, que vela pelo bem próprio enquanto parte do bem comum. Uma pessoa digna é aquela que molda o seu comportamento ciente de que é parte duma comunidade, e que qualquer passo que der terá uma influência positiva ou negativa no conjunto do qual é parte”.
A teia infinita de pontos luminosos que povoam o firmamento, tanto quanto o imaginário e as mitologias de todas as civilizações que na Terra já medraram, é feita de torrentes de luz que foi irradiada por estrelas longínquas há milhares e milhões de anos e que, uma vez liberta das amarras que a prendiam aos corpos celestes que a geraram, viajou ao longo de distâncias abismais durante todo esse tempo até vir atear o fogo da curiosidade nos nossos olhos e incendiar-nos o pensamento com interrogações. E, depois, sem paragens, prossegue o seu caminho para além de nós, pela eternidade adentro. Porém, muitas dessas fogueiras siderais que vemos refulgirem esplendorosas no céu nocturno que se espraia sobre as nossas cabeças já não emitem luz. Há muito que explodiram e se apagaram. Mas, nós continuamos a vê-las flamejar tal como elas eram nesse tempo distante em que ainda crepitavam. Para todos os efeitos, essas estrelas que já morreram, continuam a iluminar o Universo.
E ao pensamento, essa outra torrente brilhante, tão intangível quanto a luz mas que, tal como ela, alumia as entranhas mais ocultas do Universo, o que é que lhe acontece quando a fonte que o emana implode e a corrente se quebra? Dissipa-se num piscar de olhos, nesse momento fatídico, como se nunca tivesse existido, ou, à imagem e semelhança da luz das estrelas, perdura por toda a eternidade, continuando a pensar o Universo?
A QUINTA DIMENSÃO
Ao longo da sua história o planeta Terra tem-se visto ciclicamente mergulhado em episódios catastróficos de vária índole. E se estes episódios provocaram a extinção de milhares de espécies, foram eles também que criaram as oportunidades para o surgimento de novas espécies. A mais recente das quais lhe provocou o último e quase fatal cataclismo: a espécie humana.
Vítima de si mesma, a humanidade viu-se assim subitamente perto da extinção e ficou remetida a uns poucos nichos geográficos, privada de quase toda a sua memória. O que abriu campo à arqueologia como a mais fomentada esfera de pesquisa.
Nessa busca obsessiva pela memória perdida, um grupo de cientistas desenterra das entranhas do planeta um registo codificado. Seria humano ou alienígena? Depois de o decifrarem sentiram-se irresistivelmente tentados, à revelia das autoridades, a seguirem as instruções que ele parecia conter.
A que é que essas instruções diziam? Seria alguma revelação transcendental? Ou era um Manual para a construção de algum engenho? Com que propósito? Seria tão-somente um aparelho de comunicação? Talvez apenas um aparelho de observação? Ou seria uma nave espacial, capaz de os levar a atravessar os extensos desfiladeiros que intermedeiam as estrelas? Talvez fosse, quiçá, a tão sonhada máquina do tempo, que os levaria a visitar desde o turbulento nascimento da Terra bem-amada até ao seu derradeiro suspiro, permitindo-lhes antever o futuro e evitá-lo? Ou poderia ser um portal de entrada que iria escancarar o planeta Terra a uma invasão extra-terrestre? Não teria sido precisamente a tentativa da sua construção que despoletara a última catástrofe?
O PASTOR DE ONDAS
Aflito, um homem decide entregar-se, às escondidas, às mãos de um curandeiro afamado, em busca de alívio para os seus tormentos.
Atemorizado com toda a série de paramentos e rituais mágicos em que se vê mergulhado, dá consigo embarcado numa viagem que o transporta a um encontro alienado com uma entidade desconhecida. Quem será aquele ser? Um espectro maligno? Ou o espírito protector de um antepassado? Um ser mitológico? Um extra-terrestre? Deus?
Realidade ou alucinação, a entidade enceta com ele um diálogo em que afloram muitos dos problemas que atormentam a sociedade humana actual, passando por algumas das questões existenciais que desde sempre apoquentam a humanidade: De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos?
Mas, para ele, mais importante que tudo foi descobrir como tinha sido possível aquela viagem. E, claro, quem era aquele ser.
Ser magistrado é muito mais que uma opção de vida. É uma verdadeira missão que deve ser vivida com total entrega e devoção. Não se pode ser magistrado apenas no período normal de expediente! O magistrado é-o até nos seus momentos de lazer, nas suas férias.
A criminalidade é um factor desestabilizador de qualquer país. Ninguém pode viver tranquilo se a criminalidade ganhar espaço. Tempos houve em que as fronteiras estatais, de alguma forma, delimitavam os fenómenos criminais. Hoje, com a globalização, as fronteiras são um obstáculo de menor importância. Os crimes cibernéticos e a generosidade dos crimes transnacionais não temem as fronteiras e calcorreiam o mundo com uma rapidez impressionante. Ao trazer à sua obra o combate ao crime, quis o Juiz Paulino não apenas partilhar as suas inquietações, como também chamar a atenção aos actores relevantes para a necessidade de um trabalho coordenado e solidário com vista ao combate a esta realidade.
A dignidade da pessoa humana abrange uma diversidade de valores, únicos e distintos, que o tornam merecedor de respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, e implicam, por conseguinte, um complexo de direitos e deveres.
Daqui decorre que o Homem digno é aquele que tem uma conduta que granjeia respeito e consideração dos demais. É uma pessoa que assume as suas responsabilidades individuais e colectivas, que vela pelo bem próprio enquanto parte do bem comum. Uma pessoa digna é aquela que molda o seu comportamento ciente de que é parte duma comunidade, e que qualquer passo que der terá uma influência positiva ou negativa no conjunto do qual é parte”.
A teia infinita de pontos luminosos que povoam o firmamento, tanto quanto o imaginário e as mitologias de todas as civilizações que na Terra já medraram, é feita de torrentes de luz que foi irradiada por estrelas longínquas há milhares e milhões de anos e que, uma vez liberta das amarras que a prendiam aos corpos celestes que a geraram, viajou ao longo de distâncias abismais durante todo esse tempo até vir atear o fogo da curiosidade nos nossos olhos e incendiar-nos o pensamento com interrogações. E, depois, sem paragens, prossegue o seu caminho para além de nós, pela eternidade adentro. Porém, muitas dessas fogueiras siderais que vemos refulgirem esplendorosas no céu nocturno que se espraia sobre as nossas cabeças já não emitem luz. Há muito que explodiram e se apagaram. Mas, nós continuamos a vê-las flamejar tal como elas eram nesse tempo distante em que ainda crepitavam. Para todos os efeitos, essas estrelas que já morreram, continuam a iluminar o Universo.
E ao pensamento, essa outra torrente brilhante, tão intangível quanto a luz mas que, tal como ela, alumia as entranhas mais ocultas do Universo, o que é que lhe acontece quando a fonte que o emana implode e a corrente se quebra? Dissipa-se num piscar de olhos, nesse momento fatídico, como se nunca tivesse existido, ou, à imagem e semelhança da luz das estrelas, perdura por toda a eternidade, continuando a pensar o Universo?
A teia infinita de pontos luminosos que povoam o firmamento, tanto quanto o imaginário e as mitologias de todas as civilizações que na Terra já medraram, é feita de torrentes de luz que foi irradiada por estrelas longínquas há milhares e milhões de anos e que, uma vez liberta das amarras que a prendiam aos corpos celestes que a geraram, viajou ao longo de distâncias abismais durante todo esse tempo até vir atear o fogo da curiosidade nos nossos olhos e incendiar-nos o pensamento com interrogações. E, depois, sem paragens, prossegue o seu caminho para além de nós, pela eternidade adentro. Porém, muitas dessas fogueiras siderais que vemos refulgirem esplendorosas no céu nocturno que se espraia sobre as nossas cabeças já não emitem luz. Há muito que explodiram e se apagaram. Mas, nós continuamos a vê-las flamejar tal como elas eram nesse tempo distante em que ainda crepitavam. Para todos os efeitos, essas estrelas que já morreram, continuam a iluminar o Universo.
E ao pensamento, essa outra torrente brilhante, tão intangível quanto a luz mas que, tal como ela, alumia as entranhas mais ocultas do Universo, o que é que lhe acontece quando a fonte que o emana implode e a corrente se quebra? Dissipa-se num piscar de olhos, nesse momento fatídico, como se nunca tivesse existido, ou, à imagem e semelhança da luz das estrelas, perdura por toda a eternidade, continuando a pensar o Universo?
“Ao abrir o livro, deparamo-nos com esta tríade janela-livro-Mulher. Sugestivamente, abrimos o Livro como se abríssemos janelas e encontramos, do outro lado, a Mulher. O “outro lado” pode ser pensado como o exterior do homem, o superficial e o visível que da janela se alcança. Mas também pode ser considerado o interior, o íntimo e o âmago do homem que o livro que se lê revela. Ora para o eu-lírico, o que espanta o homem quer ao abrir uma janela, quer ao abrir um livro, é a Mulher. A Mulher é essa entidade que está, ao mesmo tempo e espaço, fora e dentro do homem…” Lucílio Manjate
A LEGÍTIMA DOR DA DONA SEBASTIÃO
De que dor se trata? O que terá essa dor de legítimo? Estas perguntas revelam-se como o centro sobre o qual gira a história de Dona Sebastião, professora reformada, agora a vender nas barracas do Museu, em Maputo. É nas barracas onde se movem as personagens desta narrativa e onde se apresenta um retrato de uma geração que busca, na esteira do Moçambique contemporâneo, um lugar de começo das suas vidas. A história começa com a morte de Dona Sebastião, convocando para a trama mais um dos protagonistas do romance, o agente Sthoe. Quando Sthoe começa a ouvir os depoimentos dos suspeitos do crime, casos de Rafael Malíngua, Amade, José Malfácio e Manguana, frequentadores assíduos da barraca de Dona Sebastião e antigos alunos desta, ninguém pode imaginar quão insólito é o móbil do crime, nem mesmo o leitor.
Os Dois Casamentos do Mutante Sancho reúne cinco contos, entre os quais se realçam o que dá título ao livro e Kova. Esta é uma escrita bastante distinta da que se pratica em Moçambique porque a permanência na Europa deu a Guilherme Ismael outras referências e influências e um modus vivendus diverso, o que se reflecte nestas histórias urbanas. Se conseguirmos imaginar um casamento entre a narrativa fluida, meio-mágica e digressiva do nigeriano Amos Tutuola e a compulsão urbana e surreal das atmosferas de Paul Auster talvez consigamos captar o olho deste furacão – uma novidade de peso que vai com certeza sensibilizar o leitor moçambicano. (António Cabrita)
Em “Não chora, Carmen” Adelino Timóteo regressa à temática da viagem. Desta vez, é uma peregrinação a Santiago, em Espanha. A protagonista Carmen, espanhola, anda em peregrinação, entre outros, com africanos Igbos, saídos da Nigéria, pelo delta do Níger, pela Líbia, pela Tunísia. De África, passando pelo Médio Oriente e América Latina, para Santiago de Compostela! O autor alarga e aprofunda muito a “Viagem à Grécia através da ilha de Moçambique”.
Neste livro, Carmen é sujeito de todos os predicados e de todos os complementos circunstanciais de tempo e lugar. Enfocando na trajectória dela, de repente sentimos que o autor nos move por todo o mundo à procura do significado do Arcano 7, o que é uma analogia ao “O código de Da Vinci”, de Dan Brown. O Graal, desta vez, é a maleta e a rosa de Carmen.
O autor tece o seu universo em torno da maleta e a rosa, que neste livro se transfiguram ora em magia ora em mistério, uma dimensão que sujeita a protagonista a uma aventura pela descoberta da chave da maleta e a rosa.
Será por isso que Carmen terá que viajar pelos mais afastados países e pelos mais variados homens.
O conteúdo deste livro e a grande mensagem são as acções de humanismo e caridade ausentes do mundo actual. E para preencher este vácuo, Carmen é um nome, nos quintais das farmas, na cidade de Hondarribia… em Hernani, em Madrid… em Maputo… em Luanda… em Lisboa, Hanover, Praga, Irún, Ingapirca, Varsóvia… no Cairo, em Londres, Quito… na Índia, Hendaye, Biarritz, Bagdad.
Em suma, o nome de Carmen fixa-se no seu poder de transformar interiormente os Homens, promovendo uma face superior de humanização, sermos humanos, benevolentes com os outros, sermos a Carmen, alguém que se despoja de tudo para fazer de outrem feliz. A virtude deste livro é o ser. Amar. Regressamos da viagem pulsando a plena leveza.
Autor dos “Contos de Guicalango” e de “Ira da chama”, Diogo Araújo Vaz aparece com “Diário de um Positivo”, que constitui a sua terceira obra publicada pela Alcance Editores. Já ganhou o prémio “Minerva Central 100 Anos” em 2008, no centenário da Livraria Minerva Central e “Maria Odete de Jesus” promovido pela Universidade Politécnica, todos através da sua primeira obra, os “Contos de Guicalango”. Nesta obra, o autor surge com um tema da actualidade universal para trazer a reflexão de que a história também se faz pelo presente.
Quando a bandeira verde, amarela e vermelha flutuava finalmente aos quatros cantos do mundo, jurei, recordo-me, dedicar toda a minha vida a escrever e contar as pequenas e grandes histórias deste povo. Os livros seriam tão grandiosos e belos, como os rios, as florestas, o sol e as montanhas da minha terra. Quem folheasse esses livros haveria de sentir, como diria um escriba moçambicano, uma terra perfumada de vitória, barco recém-largado no mar da esperança!
Pandza, na língua que me pariu, significa quebrar. Mas estes textos, civilizados, não quebram nada. É também nome de um ritmo rasteiro, que gente rasa dança, quebrando o esqueleto para conter a vontade de quebrar tudo.
Estas crónicas dançam Pandza! Nestas páginas o texto amotina o corpo, rebola a bacia das metáforas e o verbo contorce-se, não das dores da pátria, mas ao ritmo da vida.
Quem desconhece a música profunda de moedas poucas a tilintarem no fundo escuro do bolso, certamente não saberá dançar este livro, este Pandza!
Trata-se de uma súmula dos meus escritos poéticos desde que comecei a escrever poesia, já lá vão mais de 40 anos. Move-me o propósito de mostrar a dinâmica da poesia, a sua versatilidade, na abordagem de diversificados temas, ao longo do correr do tempo. Entretanto, hoje não vejo as coisas como as via no início: claras e alcançáveis (sonho ou utopia da juventude!). Quanto mais fui evoluindo, aprendendo novas formas, novos procederes, novas amizades, convivendo com antigos e novos fazedores de poesia, muitas vezes os mesmos do meu tempo de juventude, noto que as coisas vão ficando pardas, um tanto inalcançáveis, mais distantes da concepção que lhas dedicava, numa palavra: ou elas se vão afastando do meu sonho, da minha utopia, ou a luz dos meus olhos vai reduzindo de intensidade e se vão tornando pardas. Mas, sempre fui um poeta optimista. Espero, ainda que chegue o momento em que a luz intensa do nosso querer, do nosso sonho, o reviver da nossa utopia colectiva, passada como testemunho às gerações que ora vão surgindo e se afirmando, esparramar-se-á sobre o fundo pardo das coisas, tornando-as claramente visíveis.
Portanto, esta obra poética é uma mostra da versatilidade da minha escrita ao longo da minha carreira literária. Normalmente os meus escritos, tanto poéticos como em prosa, são resultado de factos da vida real, que depois de reflectidos nas minhas obras, pretendo, sempre, devolvê-los ao seu real dono – a sociedade. Portanto este livro não é diferente dos outros: surgiu pela vontade de compartilhar as minhas reflexões com os meus concidadãos.
Matias é um homem bom. Casado, responsável e bem comportado. Tem uma vida pacata e previsível. Na sequência de um pequeno acidente, vê-se forçado a andar alguns dias sem a sua aliança de casamento. Justamente nesses dias a sua vida muda radicalmente. Torna-se mais agitada, emocionante e arriscada. Mas, há um porém… todos julgam que não é casado. E ele não os corrige. Omite… e vê-se envolvido numa trama inesperada, tentando gerir as duas vidas que, acidentalmente, acabou por ter.
“ (…) Aprendi que a palavra, o tal Verbo, é, afinal, o Ser, a palavra Ser, que é Amor dentro de cada um de nós, onde cabe o todo poderoso “Posso”, acção criativa e criadora, autêntica palavra-milagre, que nos faz desapegar do ego, da mente egóica, que permite ultrapassar todos os obstáculos e que nos liberta dos liames egóicos e que, por isso, pode e é também Luz curadora. (…) “
Reúnem-se na presente obra diferentes trabalhos provenientes de dois livros: Oralidades e escritas nas literaturas africanas (1998) e Literaturas africanas e formulações pós-coloniais (2003/4), além de outros mais recentes, todos eles resultantes de pesquisas realizadas pela autora na área dos estudos literários africanos durante cerca de duas décadas. Os vários ensaios mantêm a sua actualidade e perfazem uma reflexão importante em torno dos novos campos literários das literaturas africanas de língua portuguesa, equacionando e reflectindo sobre tópicos como a representação das oralidades na textualidade africana e a importância das teorias pós-coloniais para os estudos nesta área.
Este livro é um elemento bibliográfico fundamental de apoio para o ensino e aprendizagem das disciplinas ligadas ao estudo das literaturas africanas, e muito especialmente para as de língua portuguesa, com destaque para o trabalho e pesquisa na literatura moçambicana.
Em “Nós os do Macurungo”, Adelino Timóteo, nesta lide de escritor desassumido, transmite-nos as suas memórias ardentes e ternas dos verdes anos da infância vivida e convivida no tão característico Bairro beirense do Macurungo. E o Macurungo aparece como esplendorosa síntese e amostra de todo o País, naquele momento fundamental da sua História: mentalidades, hábitos, tipos.
Dá-se-nos aqui a reviver um período particularmente dramático da História de Moçambique, o dos anos 1974-1992: aqueles tempos coléricos e pestíferos… anos 80.
O Macurungo vai-se tornando o seixo lançado para dentro do lago, que vai gerando ondas e mais ondas concêntricas de humanidades e da Humanidade. “Nós começámos por nascer e crescer num mundo que não era mundo, mas pela sua artificialidade, já que mais tarde aperceberíamos que o mundo que nos rodeava não era de todo urbano, não era de todo casas de alvenaria. Era um mundo injusto, que fazia de Macurungo uma ilha, cercada por subúrbios.”
Apesar de uma narração com um elevo muito autobiográfico, este livro resgata a memória colectiva de um período sujeito à amnésia da sociedade. Num exercício lúdico e satírico, transcorrem por este livro várias personagens. De entre elas o secretário do bairro, o pai de kwawenda, o pai de Queo e o empregado doméstico do narrador. Mas a mãe do narrador destaca-se, pela sua imponente estrutura moral e espiritual. “E como se tal fora hoje, vejo a minha mãe descalça, correndo, quase na última coluna do pelotão, a língua de fora, quase desmaiando.”
Mas o fundamento da sua vocação de escritor está na máquina de escrever que era do pai: “A máquina de escrever do meu pai era um brinquedo de luxo. Foi o início. Só esta máquina de escrever é que justifica o meu apego à cidade, aos Homens, à evasão da realidade. Minha mãe fala da relação de intimidade entre o meu pai e a máquina de escrever que era dele.”
Manuel Ferreira
Na expectativa de que o cosmos possa resfolegar de concórdia e de que os diferendos sociais, etnológicos, políticos, religiosos e outros possam gozar de outros tratamentos, A IRA DA CHAMA é chamada a mostrar que o manifesto da desforra pelo ribombar das armas, não faz vítimas, apenas os nossos inimigos, como também a nós próprios de forma desinteressada. Qual o país que se manteve firme após um fogo cruzado de fuzis e obuses, mesmo com as alegadas vitórias cantadas frequentemente pela facção Ira ou facção Chama?
Este extracto, serve apenas para atrair a atenção das hegemonias cosmopolitas para atinarem outras iras para a resolução de seus diferendos, que não sejam necessariamente as iras das chamas, uma vez essas se terem mostrado açougueiras que esconjuram nefastamente os povos, seus sonhos e convicções.
Os factos relatados são totalmente ficção e, qualquer aproximação do fragmento a uma determinada realidade de um determinado povo, é da inteira responsabilidade do leitor.
Paulo Cuco, ou simplesmente Mulahleki Sambu, escreveu este romance para tomar parte no Concurso Maria Odete de Jesus, Edição de 2011, da Universi- dade Politécnica, tendo-se concluido o seguinte: O Júri nomeado pelo Magnífico Reitor, Professor Doutor Lourenço do Rosário, que integrava o Dr. Aurélio Cuna, como presidente, o jornalista e escritor Marcelo Panguana e o Professor de Literatura e escritor Lucílio Manjate, após a triagem, leitura e classificação dos originais submetidos ao concurso literário Maria Odete de Jesus – Edição 2011, decidiu atribuir um único prémio, sendo que a obra contemplada intitula-se Feteni, o Aldeão de Lipangu, da autoria de Paulo Cuco, sob pseudónimo de Mulahleki Sambu.
De acordo com a acta do júri esta obra “revela potenciais valores, em termos temáticos, mas sobretudo no que concerne a iniciativas de misigenaração de géneros (conto e romance), para além de ser uma obra resultante de pesquisa histórico-antropológica, ou seja, um recontar da nossa História, através da exploração das potencialidades da linguagem literária”.
A colectânea “Contos Profanos” do escritor Aldino Muianga constitui-se como um repositório de experiências prevalentes nos microcosmos que são as comunidades rurais e peri-urbanas deste grande país que é Moçambique, nos seus diferentes contextos tradicionais, sócio-culturais, económicos e políticos.
Em número de catorze, as histórias discorrem sobre microtemas, que vão da feitiçaria até à crença fatalista do destino do Homem; do questionamento sobre o impacto dos valores culturais importados, até às soluções reais para a superação de letígios individuais e colectivos.
Cada uma das narrativas aborda uma faceta particular do complexo social, embora não se distancie de problemas que se lhe interligam. É disso exemplo o texto “Zara, a feiticeira de Gara-Nkuwa” onde a problemática da feitiçaria é nos trazida como resultado duma vingança, e onde o mistério da encarnação se considera uma probabilidade. Dúvidas sobre os valores da evangelização e o conflito entre culturas são manifestas no conto “Os excomungados“. A degradação de valores éticos e morais é a tónica em “O relatório” e “A Dona F”.
Ao lado daquelas histórias que abordam a face menos harmoniosa na convivência entre os habitantes daqueles territórios, existe o exemplo de que a sociedade pode, sempre que assim o desejar, achar uma plataforma onde se conciliem diferenças, ou vias através das quais a tolerância seja um ponto de partida para vidas mais prósperas e equilibradas (“A chave” e “Trinta anos depois”).
“… Inscrevendo-se na melhor tradição aristotélica na perspectiva de que a literatura é mais
consciências, individuais e colectivas, na sua relação com o tempo: com o passado, com o presente, mas acima de tudo com o futuro. Isto é, de onde viemos, o que somos, para onde vamos e como vamos. Estamos, por conseguinte, perante um intenso e persistente apelo existencialista…”, in “Meledina (ou a história duma prostituta, de Aldino Muianga: a arte da memória), por Francisco Noa, Universidade Eduardo Mondlane, 05/12/2008”.
Em 2003, levantou-se um debate em Moçambique, em torno de uma suposta morte da literatura moçambicana. O debate convocou diversas sensibilidades a pensarem nas possibilidades da referida morte ser decretada e nas motivações de tal certidão de óbito. Volvida uma década desde a colocação da tese, ao revisitarmos esse momento, possivelmente representativo do primeiro debate sobre a literatura moçambicana tornado público no início deste século, decidimos expor, precisamente nesta prateleira que o leitor tem em mãos e no que a poesia diz respeito, as obras e os poetas, uns, revelados um pouco antes do levantamento do debate, outros, que se revelaram depois da colocação do mesmo.
Escrever sobre «52 Semanas» não ganharia sentido se não discorre-se sobre a génese, o princípio.
Nasceu no balcão de um bar; e eu que não «bebo», fazia dessa permanência um exercício de observação, aprendizagem social, diálogo, que variava de nível e sentido, com o decorrer da noite e o número de copos sorvidos pelo interlocutor.
Os textos avolumavam-se na gaveta sem que lhes encontrasse destino.
Com o passar do tempo dei-me conta que as histórias de cada um dos «habitué» do mesmo balcão, formavam um enredo, que me levaram a compilar o livro «7 Crónicas de Domingo a Domingo», a mistura das vivências dos outros na presença assídua do cronista por detrás das canecas de cerveja que deslizavam na superfície polida que lhes servia de mesa.
«52 Semanas» veio depois. Junta textos, crónicas, histórias, desesperos, ansiedades e alegrias, que mais não são que a interpretação de quem escreve da vida que o rodeia.
O título? Um parto natural. A ligação da semana, ao mês e deste ao ano, ao relógio, ao enve- lhecer, marcação, calendário que se afirma e nos domina. Viveres circulares, como o redemoinho de folhas levadas pelo vento.
Este livro proporciona aos professores, aos educadores e a todos os interessados nas questões curriculares, uma reflexão sobre o Desenvolvimento Curricular. O livro baseando-se, numa análise epistemológica, discute os fundamentos de uma concepção curricular. Apresenta a origem, as vantagens, as resistências e os desafios do modelo baseado em competências. Com base num modelo de competências, recomenda estratégias de ensino e aprendizagem, projectando-as numa perspectiva de solução de problemas. Reflecte sobre o conceito, a importância e a classificação dos objectivos educacionais. Coloca a questão da avaliação num quadro de três paradigmas: objectivista, subjectivista e crítico. Discute a questão da selecção dos métodos de ensino e aprendizagem, considerando a diversidade de estilos e de ritmos de aprendizagem. Amplia o debate sobre a selecção e a organização dos conteúdos. Enfatiza a ideia que o Currículo Local deve ser encarado como uma oportunidade educativa para cultivar a liberdade e a emancipação cultural. Aborda a noção da integração disciplinar e sugere modelos para a operacionalização da aprendizagem integrada. Apresenta as vantagens do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.
De entre tantas dificuldades que enfrentamos durante o relato destes acontecimentos, ideias e propostas, ficamos convictos que o mais importante e o nosso maior desejo é compartilhar convosco as nossas experiências, as quais acreditamos que em alguma coisa poder-vos-ão ser úteis na melhoria do vosso trabalho. É certo que, em alguns aspectos aqui colocados, poderão não estar de acordo, mas, por favor, não se trata de medirmos capacidades ou de achar quem tem ou não tem razão. Trata-se de juntos procurarmos caminhos viáveis que possam melhorar a gestão escolar e fazer com que as instituições de ensino melhorem também o seu funcionamento e de facto, consigam vencer a grande crise sobre a qualidade de ensino.
Baseando-se em pesquisa educacional e em experiências, o livro destina-se aos professores de todos os níveis de ensino e aborda questões relacionadas com vários aspectos do exercício da docência. O livro está organizado em quatro partes. Numa primeira parte, trata do estágio actual das Didácticas e práticas de ensino–aprendizagem, discutindo e reflectindo sobre algumas experiências didácticas moçambicanas, sobre práticas laboratoriais, a questão das bibliotecas, a gestão da diversidade, os métodos de ensino e aprendizagem e o uso de práticas tradicionais na escola. Na segunda parte, pontua aspectos relacionados com as Didácticas e as práticas na formação de professores de vários níveis, desde o Primário até ao Superior. Na terceira parte, o livro analisa assuntos concernentes à Educação Inclusiva e às Necessidades Educativas Especiais. Na última parte, ampliam-se as reflexões sobre as reformas curriculares, trazendo ao debate temas como a progressão por ciclos de aprendizagem, o uso de mapas conceituais, a abordagem dos temas transversais, o uso do modelo de competências, a integração curricular, a massificação do ensino e o ensino bilingue.
O presente livro é uma sequência dos livros anteriores com os títulos Economicando e Longo Caminho para a Cidadania. É a continuidade do desenvolvimento de cidadania do autor, através da escrita, que com base nas preocupações de cidadão, procura estar informado e estudar as realidades da sociedade e sua evolução. E que, sobre elas, exercita posicionamentos, naturalmente que influenciado pela sua origem e trajectória social, educativa, profissional e, naturalmente, pelos contextos em que viveu e as respectivas referências socioculturais e económicas. Fá-lo em liberdade, com respeito pelos que concordam parcialmente com o autor, com igual aceitação em relação aos que apreciam ou opinam de forma diferente, num exercício de aprofundamento de mentes tolerantes e cientes e respeitadoras das diversidades.
Este livro é um exercício na busca de crescentes espaços de liberdade, pelo menos na escrita e na linguagem, numa sociedade em que a democracia é jovem e cheia de encruzilhadas, riscos e desafios.
“Nós matámos o cão-tinhoso”, único livro de contos de Luís Bernardo Honwana, é, sem dúvida, uma das mais representativas obras de ficção da literatura moçambicana. Tendo surgido num contexto histórico específico, período colonial, e tendo sido alvo de uma polémica, o livro de Honwana foi-se impondo ao longo do tempo como uma obra de referência no panorama literário moçambicano.
O presente estudo pretende demonstrar a forma como certos factores – literários e não literários – terão contribuído para que “Nós matámos o cão-tinhoso” entrasse definitivamente para o cânone da literatura moçambicana.
João Albasini é assim, tem a curiosa propensão de conduzir todos os diálogos numa mesma direcção, de assestar sobre a municipalidade e os seus jogos todas as baterias que tem. É tinta que lhe corre nas veias, não sangue. Alguma coisa muito séria lhe hão-de ter feito para que veja o mundo sempre assim.
O Olho de Herzog de João Paulo Borges Coelho